sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tóquio, Japão
Montadoras japonesas estão investindo em novas formas de locomoção de olho no futuro. Bancos que andam a uma velocidade de seis quilômetros por hora, e cadeiras que chegam a 30 quilômetros por hora.
Quando as pernas cansarem, é só sentar no banquinho e seguir adiante. Com o Uni-Cub, isso será possível daqui a alguns anos. É uma das apostas das montadoras japonesas num novo conceito de locomoção, chamado de "mobilidade pessoal".
Os equipamentos serão usados em trajetos curtos, mas que podem ser muito cansativos, como shoppings e supermercados. O Uni-Cub é pequeno, por isso o usuário pode se movimentar no meio da multidão sem incomodar ninguém, como se estivesse caminhando. O banquinho se move graças à uma tecnologia que reproduz, com rodas, o jeito que os seres humanos caminham.
A roda principal, que gira para frente e para trás, é formada por várias pequenas rodas que giram da esquerda para direita e vice-versa. Outra roda, na parte de trás, permite os movimentos em círculo. O banco pode seguir para qualquer direção, girar, ou seja, faz tudo o que nós fazemos naturalmente quando caminhamos.
O equipamento capta as mudanças de peso que o motorista provoca sobre o banco quando se mexe de um lado para o outro. Portanto, basta ele se inclinar levemente para o lado que quiser seguir. Se quiser ir para a frente, o peso do corpo sobre o banco vai aumentar na parte da frente. O equipamento perceberá a mudança de peso e dará ordens para as rodas seguirem para a frente.
O engenheiro Hideaki Uchino explica que a empresa está fazendo testes em shoppings e lugares públicos e tem expectativa de logo colocar o produto no mercado. "Esperamos que, em dois anos, o equipamento esteja disponível para o público."
Outra aposta, de outra montadora, e que é uma alternativa a motos, e, em alguns casos, cadeiras de rodas e até carros. O i-Real pode ser a solução para desobstruir o trânsito das grandes cidades, onde muitos veículos transportam apenas o motorista. Para que um carrão que gasta gasolina se a gente pode usar uma cadeira abastecida com eletricidade?
A cadeira roda a 30 quilômetros por hora, mas há barreiras que impedem esses equipamentos de chegarem às ruas. As nossas cidades e nossas leis de trânsito não estão preparadas. Em que categoria classificá-los? Será preciso carteira de motorista? Pistas exclusivas para evitar acidentes? Respostas que precisam ser dadas rapidamente.
A população está envelhecendo, precisa de novas formas de mobilidade. As cidades estão cada vez mais lotadas de automóveis. É bom abrir caminho, a mobilidade do futuro está chegando à toda a velocidade.

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